Concentrada em seu processo de desalavancagem, a Cosan será diluída na capitalização da Raízen, que deve receber um novo sócio estratégico. A informação, apurada diretamente por mim em conversas com fontes ligadas à B3, lança luz sobre os bastidores da movimentação que agitou o mercado nesta segunda-feira.
A sinalização do aumento de capital da gigante sucroalcooleira, feita ontem à noite, gerou dúvidas entre investidores sobre o papel da Cosan — controladora da Raízen — na operação. A incerteza sobre a participação do conglomerado de Rubens Ometto provocou uma reação imediata nas ações.
Os papéis da Cosan caíram mais de 6%, figurando entre as maiores baixas do Ibovespa. A Raízen, por sua vez, despencou 12,5%, refletindo o desconforto do mercado com a falta de clareza sobre os termos da capitalização.
A expectativa, no entanto, é que a confirmação da ausência da Cosan no aumento de capital traga maior previsibilidade e contribua para dissipar a reação negativa. A operação, ao que tudo indica, será conduzida com foco na entrada de um novo investidor, enquanto a Cosan mantém sua estratégia de redução de alavancagem e preservação de caixa.