O agronegócio brasileiro vive um momento de celebração e projeção internacional. Com a retomada firme das relações comerciais com as Filipinas, o setor de carnes — especialmente frango e suíno — já vislumbra um novo ciclo de crescimento. Exportadores nacionais estimam que poderão fechar US$ 210 milhões em negócios com empresas filipinas nos próximos meses, consolidando o país asiático como um dos principais destinos da proteína animal brasileira.
A confiança no mercado filipino representa mais do que um bom negócio: é um reflexo da forte retomada do comércio bilateral, que vinha enfrentando desafios nos últimos anos. Agora, com o consumo interno das Filipinas em alta e a demanda por proteína animal batendo recordes, o Brasil se posiciona como fornecedor estratégico, capaz de atender com qualidade, escala e segurança sanitária.
Filipinas: novo líder na importação de carne suína brasileira
O destaque vai para a carne suína. Em 2024, as Filipinas se tornaram o principal destino das exportações brasileiras de carne suína, superando mercados tradicionais como China e Rússia. O consumo filipino, impulsionado por fatores como crescimento populacional, urbanização e aumento da renda média, tem gerado oportunidades concretas para os produtores brasileiros.
Segundo dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o volume exportado para as Filipinas cresceu mais de 40% nos últimos 12 meses, com expectativa de manter o ritmo nos próximos trimestres. A carne de frango também segue em alta, com embarques regulares e negociações em andamento para ampliar o portfólio de produtos exportados.
Diversificação de mercados e fortalecimento da presença global
Para o Brasil, o avanço nas negociações com as Filipinas reforça a estratégia de diversificação de mercados, considerada essencial para reduzir a dependência de grandes compradores e ampliar a resiliência do setor agroexportador. A entrada firme no Sudeste Asiático representa um passo importante na consolidação da presença brasileira em regiões com alto potencial de consumo.
Além disso, o estreitamento das relações comerciais com as Filipinas abre espaço para parcerias em tecnologia, logística e segurança alimentar, fortalecendo o papel do Brasil como líder global na produção de proteína animal.
Expectativas para os próximos meses
As exportadoras brasileiras estão otimistas. Com reuniões comerciais em andamento, feiras internacionais e missões empresariais programadas, a expectativa é que os US$ 210 milhões em negócios se concretizem até o fim de 2025, com contratos de fornecimento contínuo e expansão de produtos processados.
O Ministério da Agricultura e Pecuária acompanha de perto as negociações e tem atuado para garantir certificações sanitárias, acordos fitossanitários e suporte técnico às empresas envolvidas. A meta é consolidar o Brasil como parceiro confiável e competitivo no fornecimento de alimentos para o mercado filipino.
