A concessão da Rota Agro, ocorrido nesta quinta-feira (14), pretende transformar a logística agrícola entre Goiás e Mato Grosso.
Com quase 500 km a serem renovados, o corredor logístico ganhará segurança, infraestrutura eficiente e apoio à produção — reduzindo acidentes, acelerando o escoamento e elevando a qualidade de vida no campo, enquanto reforça o avanço agrícola do Centro-Oeste.
Estão previstos investimentos de R$ 4,4 bilhões, além de custos operacionais de R$ 2,8 bilhões.
O leilão que marca um avanço logístico
O leilão da Rota Agro, que conecta os estados de Goiás e Mato Grosso por meio das BR-060 e BR-364, ocorreu nesta quinta (14) em São Paulo, atraindo pelo menos cinco grupos interessados.
A iniciativa faz parte da estratégia do Ministério dos Transportes para melhorar o escoamento da produção agrícola e garantir que os alimentos cheguem com eficiência às mesas dos brasileiros.
Essa rodovia, que percorre cerca de 490 km entre Rio Verde (GO) e Rondonópolis (MT), terá sua infraestrutura modernizada.
As melhorias incluem ampliação da iluminação, sinalização, monitoramento de acidentes, atendimento médico, passarelas e Pontos de Parada e Descanso (PPDs) para caminhoneiros — investimentos fundamentais para reduzir riscos e transtornos no trajeto.
Além disso, o contrato prevê a construção do Contorno Alto Araguaia, que terá extensão de 7,85 km.
“A gente leva comida à mesa do brasileiro, e a estrada estava perigosa — quase nunca passava uma semana sem acidente”, afirma Enivaldo Policena De Souza, vice da cooperativa Coopfam.
Além da melhor fluidez, a infraestrutura renovada representa mais qualidade de vida para quem vive e trabalha no campo e dá mais segurança ao transporte.
Dados do IBGE mostram que 80% das rodovias federais de Mato Grosso já estão em boas condições, aumento significativo ante os 67% registrados em 2022. Em Goiás, o índice chega a 86%, contra 70% no fim de 2022.
Essa evolução na malha viária também foi apontada como parte da razão para o Brasil sair do Mapa da Fome da ONU, segundo a FAO.