A safra 2025/26 de soja tem tudo para ser histórica: estimativas da consultoria Datagro indicam produção entre 180 e 183 milhões de toneladas, com avanço tanto na área cultivada quanto na produtividade.
A expansão é sustentada por tecnologia, biocombustíveis e forte demanda por farelo para a pecuária.
A consultoria Datagro elevou a estimativa para a safra brasileira de soja em 2025/26, apontando um potencial de 180 milhões de toneladas, um aumento de 6% em relação à safra atual (cerca de 169,6 milhões de toneladas, segundo a Conab).
A expansão da área cultivada, estimada entre 2% e 2,5%, deve ultrapassar os 49 milhões de hectares.
Segundo o presidente da Datagro, Plínio Nastari, o salto na produção está diretamente associado à adoção de tecnologia avançada e ao crescimento da cadeia de biocombustíveis — especialmente o biodiesel feito a partir do óleo de soja.
Além disso, o processamento resulta em farelo, insumo essencial para a pecuária intensiva e peça-chave na competitividade brasileira nas exportações de carne.
A região Centro-Oeste tende a liderar a colheita, com projeção de 81,7 milhões de toneladas, sendo Goiás destaque: 1,8 milhão de hectares plantados e 12,8 milhões de toneladas estimadas, com produtividade média de 69 sacas por hectare — cerca de 4,2 t/ha, descrita como “extraordinária”.
Perspectiva ainda mais otimista
Outros levantamentos projetam até 182,9 milhões de toneladas para a próxima safra — caso se confirmem uma produtividade média de 3.722 kg/ha sobre uma área de 49,1 milhões de hectares.
Esse cenário representa 5% a mais que os 173,5 milhões de toneladas previstos para 2024/25.